Reconectando a Nova Zelândia ao mundo
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, se pronunciou na manhã da quarta-feira (12) sobre a estratégia de reabertura das fronteiras. O anúncio foi baseado no relatório Skegg, documento elaborado por um grupo de especialistas em saúde pública liderado pelo professor Sir David Skegg.
A conferência iniciou com uma discussão envolvendo Sir Brian Roche, Sir David Skegg, Rob Fyfe, Professor Michael Baker, Dra. Maia Brewerton, Dra. Api Talemaitoga, Dr. Ashley Bloomfield, seguido por um discurso de Ardern.
Vacinação
A primeira-ministra disse que o governo usará o segundo semestre deste ano para vacinar o maior número possível de pessoas e fazer testes com pessoas vacinadas realizando a quarentena em casa – em vez de em instalações de isolamento administradas.
O intervalo entre a primeira e a segunda dose será alterado para seis semanas em vez de duas.
“O primeiro passo em nosso plano é acelerar o processo de vacinação para garantir que todos sejam pelo menos parcialmente vacinados o mais rápido possível para reduzir o risco e o impacto da entrada da Delta no país”, explicou Ardern.
A elegibilidade também será aberta a todas as faixas etárias antes do planejado:
“Como já foi anunciado, 50+ estarão abertos na sexta-feira, 13 de agosto; 40+ estarão abertos na quarta-feira, 18 de agosto; 30+ estarão abertos na quarta-feira, 25 de agosto e a partir de 1º de setembro estaremos abertos para todas as idades elegíveis“.
Fronteiras
Durante o pronunciamento, Ardern ressaltou como o fechamento das fronteiras impactou o país em todos os sentidos:
“O impacto do fechamento de fronteiras tem sido forte. Muito forte. Ele tem impacto sobre os entes queridos – família e amigos separados, o acesso de indústrias a trabalhadores qualificados ou mesmo os kiwis simplesmente perdendo aquele senso pessoal de conexão”.
Contudo, o governo foi pontual a afirmar que, por mais desafiador que esteja sendo o isolamento do país, foi a decisão correta a se tomar.
“Desde o início da pandemia, um em 1675 neozelandeses teve um caso confirmado de Covid, em comparação com um em nove nos Estados Unidos ou na Suécia, e tivemos dois terços a menos de casos per capita do que a Austrália.“
“Se a Nova Zelândia tivesse sido atingida tão duramente quanto o Reino Unido ou os EUA, quase 10.000 kiwis teriam morrido – essa é a população de Te Puke – e fomos capazes de conseguir isso com as restrições menos rigorosas na OCDE, resultando em desemprego recentemente caindo para níveis pré-Covid em 4 por cento e crescimento que superou países como Austrália, Estados Unidos, Canadá, Japão e Reino Unido.”
“A chave para isso é manter nossa Estratégia de Eliminação. O conselho é claro: se abrirmos nossas fronteiras agora, perderemos as liberdades e as vantagens que conquistamos até agora”, afirmou Ardern.
O governo anunciou que o novo sistema de fronteira avaliará o risco das pessoas individualmente:
- Baixo risco – viajantes vacinados de países de baixo risco: não é necessário isolamento
- Risco médio – viajantes vacinados de países de risco médio: requisitos de isolamento modificados
- Alto risco – viajantes não vacinados e todos os viajantes de países de alto risco: 14 dias em MIQ
O sistema também exigirá testes antes da partida e mais testes para viajantes que chegam na Nova Zelândia, e seria apoiado por medidas para acelerar a implementação da vacinação.
“O caminho que um viajante segue será baseado no risco associado ao local de onde ele vem e ao seu estado de vacinação”, explicou Ardern.
“Os países serão agrupados de acordo com o risco. Os fatores considerados serão o número de casos, a prevalência das variantes preocupantes, as taxas de vacinação e nossa confiança nas estratégias do país para o gerenciamento de surtos. Já começamos nossa abordagem para países de risco muito alto, mas isso será ampliado. “
“Nosso objetivo final é obter viagens sem quarentena para todos os viajantes vacinados (…) mas simplesmente não estamos em posição de uma reabertura total ainda”, disse a primeira-ministra.
Ela ainda afirmou que o governo irá priorizar o desenvolvimento da “declaração de saúde” – para chegadas e partidas – e testes rápidos nas fronteiras.
“Isso reduz os riscos e torna muito mais fácil para o viajante”, disse ela.
A declaração exige que os viajantes carreguem informações antes de chegarem à Nova Zelândia, como as informações de vacinação. Uma versão manual seria desenvolvida para começar, para depois ser atualizada para um sistema digital.
Piloto de reabertura
Um piloto ocorrerá entre outubro e dezembro deste ano com um número limitado de pessoas para ver se um modelo de auto-quarentena funciona. Será um pequeno teste – menos de 1000 pessoas e este piloto servirá para testar o caminho para viagens internacionais que o governo está tentando estabelecer no primeiro trimestre de 2022.
Ainda não foi definido quais perfis poderão ter acesso ao teste-piloto.
LIVE sobre as fronteiras
Logo após o pronunciamento do governo, realizamos uma live no nosso Instagram com o Immigration Adviser Peterson Fabrício da NZ Visto, que você pode conferir logo abaixo.
Respondemos perguntas como:
- “Quando poderei solicitar meu visto de estudante?”
- “Quem pode entrar na Nova Zelândia hoje?”
- “O que são exceções de fronteira?”
E muito mais! Confira a seguir: