A nova categoria de “risco muito alto” entrará em vigor a partir de 29 de abril.

O Ministro da Resposta COVID-19, Chris Hipkins, afirmou nesta sexta-feira (23) que o governo está criando uma nova categoria de restrição de fronteira para países de “risco muito alto” que, segundo ele, deve reduzir significativamente o número de pessoas infectadas que entram na Nova Zelândia.

O motivo é a situação fora da pandemia de controle em algumas partes do globo, como a Índia. O governo bloqueou temporariamente as viagens do país do sul da Ásia no início de abril.

O governo também está introduzindo o que chama de “enhanced cohorting”, o que significa que os repatriados estarão agora nas mesmas instalações de isolamento gerenciado que outros que chegaram mais ou menos na mesma época.

Nova categoria de fronteira

Índia, Brasil, Papua Nova Guiné e Paquistão estão na lista dos países considerados de alto risco no momento. 

Sendo assim, somente cidadãos neozelandeses, parceiros e filhos dependentes de cidadãos da Nova Zelândia, e pais de filhos dependentes que são cidadãos da Nova Zelândia poderão entrar no país vindo das regiões de alto risco. 

Todos  deverão apresentar evidências de um teste PCR negativo de um laboratório credenciado dentro de 72 horas antes da viagem.

“Os países que foram inicialmente designados como de risco muito alto, são os que houveram mais de 50 casos de COVID-19 por 1.000 chegadas à Nova Zelândia em 2021, e onde há mais de 15 viajantes em média por mês”, disse Chris Hipkins.

Hipkins disse que esta “não foi uma decisão fácil” e “baseada inteiramente na avaliação de risco atual e será revista regularmente”.

No dia em que a proibição temporária de viagens à Índia foi anunciada, a Nova Zelândia registrou 17 casos vindos da Índia. Isso continuou um padrão, pois a Índia era o ponto de partida da maioria dos casos diários de fronteira.

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que a proibição da Índia “não era um arranjo permanente, mas sim uma medida temporária até que possamos entender e gerenciar melhor a situação atual que enfrentamos e ver se há maneiras de reduzir o risco”.

Uma atualização será fornecida em maio sobre o processo de adição de novos países à categoria e de eventual remoção também.

A nova categoria de “risco muito alto” entrará em vigor a partir de 29 de abril.

Gerenciamento isolado

Com a bolha sem quarentena com a Austrália, o que significa que menos pessoas precisam entrar nas instalações do MIQ, o governo enxerga oportunidade de repensar na abordagem de como gerencia os repatriados, disse Hipkins. Existem cerca de 500 a 800 quartos liberados.

O governo introduzirá um sistema de “coorte aprimorado” para reduzir o risco de transmissão nas instalações.

“De acordo com o novo plano, os retornados que chegarem à Nova Zelândia em uma janela de 96 horas serão entregues às instalações da MIQ até que estejam cheios ou o período de 96 horas acabe”, disse ele.

“As instalações serão então ‘bloqueadas’ por um ciclo de 14 dias, sem repatriados adicionais permitidos até que o último membro do grupo tenha completado sua estada e as instalações tenham sido limpas.”

Isso significa que os repatriados ficarão nas mesmas instalações que os outros que chegaram mais ou menos na mesma hora e manterá os que acabaram de chegar longe deles no final de sua estada.

O Pullman Hotel será a primeira instalação a receber as novas chegadas agrupadas no sábado e a transição será concluída no domingo, 16 de maio.

O Ministério de Negócios, Inovação e Emprego também anunciou na sexta-feira que um relatório independente sobre três eventos de transmissão ocorridos em janeiro no Hotel Pullman concluiu que não foi possível descobrir onde e como a transmissão aconteceu.

No entanto, descobriu que o modo de transmissão provável era “como resultado da transmissão de partículas respiratórias”.